- Priscila Cavalcante - jornalista Napri Comunicação
Psicóloga analisa a importância da sensação de segurança para o ser humano

Com a greve dos policiais militares, o Espírito Santo está vivendo um clima de caos social. Lojas fechadas, arrastões, ônibus queimados, enfim, o cidadão sente que o seu direito sagrado de ir e vir foi violado.
A psicóloga Daniely Lorenzon destaca a importância da segurança para o ser humano, segurança esta que deve ser analisada em todos os sentidos: da sobrevivência, financeira, situações de perigo, saúde e das relações humanas.
“A segurança é a segunda no nível de importância das necessidades básicas do ser humano de acordo com a Pirâmide de Maslow. Só perde para a base da pirâmide, que contempla as necessidades fisiológicas do ser humano. E o mais interessante, é que ao contrário das necessidades físicas, a segurança nunca será uma necessidade completamente preenchida. Ela não pode ser suprida por completo, sempre haverá um risco, não tem como ter tudo sob controle o tempo inteiro”, avalia a psicóloga.
A falta de segurança gera uma ansiedade em que as pessoas começam a sentir que não tem o controle da situação, criam medos irracionais e ficam muito apreensivas, pensando que o pior pode acontecer a qualquer momento. Isso gera o caos social, as pessoas buscam a proteção da família, se enclausuram dentro de casa, enquanto pessoas de má índole permanecem livres. Quando o direito de ir e vir é quebrado, é como se ferisse a preservação da própria vida.
“Diante de uma situação dessas, as pessoas devem permanecer calmas, manter minimamente a rotina, não se dominar pela ansiedade, e em nossa era virtual, ter critérios com as informações divulgadas em redes sociais, pois em alguns casos, são fatos inverídicos lançados na internet apenas com o intuito de causar pânico. É claro que muitas notícias são verídicas, mas é preciso manter esse bom senso de analisar criticamente as informações para manter o equilíbrio mental e não causar pânico generalizado”, destaca Daniely Lorenzon.